O Fluminense enfrenta o Ceará hoje, às 18h, com a missão de manter viva a bela história de heroísmo que vemescrevendo até o momento no returno do Brasileiro. A recuperação, de tão fantástica, poderia servir de inspiração para um conto de literatura de cordel, típica do Nordeste e tradicional em
Fortaleza
Nas Laranjeiras, os jogadores mudaram o tom, antes pautado na conquista do título. A derrota para o Atlético-MG deixou o grupo cabreiro. Também pudera. Um novo tropeço hoje, mais uma vitória do Vasco, deixará o Tricolor a dez pontos do líder, faltando apenas seis rodadas parao fim. Uma tragédia quase tão grande quanto a seca no sertão. Sendo assim, não é hora para bravatas.
- Sabemos que o time deles tem qualidade, os laterais e o Osvaldo. Vamos jogar em um caldeirão e eles brigam para sair da zona de rebaixamento. A motivação é grande e vai ser mais um jogo difícil para nós. Vamos tentar marcar ao máximo -, avisou o atacante Fred.
Por ora, o Fluminense prefere carregar menos nas palavras, como se economizasse no carvão que dá forma às paisagens do semiárido, retratadas nas imagens dos cordéis. Faz sentido. Até o momento, nem mesmo a vaga na Libertadores pode ser considerada fato consumado. São Paulo, Internacional e Figueirense, logo atrás, que o digam.
Para não ver sua história acabar sem um final feliz, o Tricolor precisa encarar a vitória assim como o repentista enxerga a rima: uma obrigação da qual não podem fugir.
- Não podemos vacilar mais. Estamos aqui para vencer. Temos de nos recuperar da última derrota em casa-, resumiu o apoiador Marquinho, que volta após cumprir suspensão.
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