Luxembugo: 'Não precisa ser craque. O torcedor quer garra'

Publicado  sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O técnico Vanderlei Luxemburgo participou e jogou junto do time do Flamengo como não se via há tempo. Durante os 90 minutos, o recém contratado treinador orientava os jogadores na tentativa de buscar a melhor performance da equipe no confronto com o Atlético-GO. Deu certo. Após cinco jogos sem vencer, o Rubro-Negro vencer por 2 a 0 e ficou a cinco pontos da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

- Eu falei para os jogadores: O Flamengo foi a minha vida. O torcedor do Flamengo não aceita que o time jogue sem garra, apático, sem vontade. A torcida quer que os time passe o entusiasmo de dentro de campo. Essa é a marca do Flamengo. Falei: "Não pensem que vocês são craques, bundinha para o lado e para o outro e acha que vai jogar no Flamengo, porque não vai jogar. O clube teve jogadores de garra, como Liminha. Não precisa ser craque. O Flamengo quer jogadores que se doam e se entregam ao máximo - explicou o comandante rubro-negro.
A grande virtude de Luxemburgo no jogo de quinta-feira foram as substuições. Coincidência ou não, os dois gols saíram de jogadores que estavam no banco de reservas (Val Baiano e Diego Maurício). O cruzamento do primeiro gol, aliás, foi feito por Marquinhos, outra mexida do treinador.

- As subsitutições foram boas. Mesmo com o Petkovic não estando na melhor forma, preferi manter ele em campo. Eu achei que esse jogo estava caminhando para uma bola parada. Tanto que eu optei pela entrada de Val Baiano e a saída do Deivid. Para não tirar um meia e colocar três atacantes. O time poderia ficar exposto. Deu certo. Estamos felizes - confessou.

Santos quer meio de campo 'dos sonhos' em 2011

Publicado  terça-feira, 5 de outubro de 2010

O planejamento do Santos para 2011 é montar um elenco forte, que possa ser competitivo o suficiente para ganhar a Libertadores. E para alcançar o principal objetivo da próxima temporada, o clube sonha alto. a pretensão do Peixe é trazer Lucas, do Liverpool (ING), e Zé Roberto, do Hamburgo (ALE).

Desta forma, o Alvinegro quer montar um meio de campo dos sonhos, que seria completado por Arouca e Paulo Henrique Ganso.

Antes do encerramento da janela de transferências internacionais, o Santos quase fechou a contratação de Lucas, que tem vínculo com o clube inglês até o meio de 2012, mas não conseguiu. Isso porque a negociação esbarrou na falta de tempo hábil para acertar detalhes finais – a janela deste ano foi antecipada e ficou aberta até o dia 19 de agosto.


Já Zé Roberto, que tem contrato com o clube alemão até junho de 2011, é sonho antigo do Santos. O Peixe tenta repatriá-lo, após sua passagem pelo Alvinegro em 2007. Seu nome começou a ser comentado quando ele assistiu a uma partida na Vila Belmiro, em junho.

Para o ataque, o Peixe confia na dupla Neymar e Keirrison, que ainda não conseguiu reeditar o bom futebol jogado por Coritiba e Palmeiras. Por isso, K9 terá até o término do Brasileirão para provar que é o atleta decisivo de outrora.

Se o atacante corresponder e voltar a atuar bem ainda nesta temporada, o Santos não contratará ninguém. Porém, caso K9 continue mal, o clube vai ao mercado para reforçar o setor – alguns nomes, inclusive, já foram discutidos internamente.

Enquanto isso, o goleiro Rafael, que era cercado por olhares desconfiados logo quando assumiu a posição de titular, é o nome do Peixe para a posição em 2011.

Excesso de ofensividade expõe a defesa do Corinthians

Publicado  segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Com Adilson Batista, que sempre demonstrou ser um treinador corajoso por onde passou, o Corinthians passou a jogar de maneira mais ofensiva. Até a semana passada, elogios rasgados à coragem e a postura da equipe, dona de um dos ataques mais letais do Brasileirão.

O excesso de ofensividade, porém, virou obstáculo nos últimos jogos. Consequência da ausência do forte poder de marcação de Ralf, da maratona de jogos e dos constantes desfalques. Foram oito gols tomados nos últimos quatro jogos. A média de gols tomados, que era de 1,09 gol por jogo com Mano no BR-10, passou a ser de 1,2/jogo.

A virtude virou vilã. E o resultado não poderia ser outro: queda do capitão e líder William, sob alegação de uma melhora na condição física, e a colocação em xeque do setor mais elogiado dos últimos anos: a zaga, que obteve números invejáveis nos últimos campeonatos, inclusive, sendo a defesa menos vazada em algumas das competições.

A situação causa preocupação não apenas na torcida. Jogadores e o próprio treinador não escondem a necessidade de mudança. Não apenas na postura de cada um, e sim, na disposição tática da equipe no jogo.

– A gente tem de analisar algumas coisas. Estamos jogando todas quartas e sábados, com vários desfalques, que provocam a mudança do sistema de jogo. Não sou de ficar lamentando, mas é complicado. Precisamos administrar essa situação e ter paciência – lembrou Adilson.

– Eu acho que perdemos um jogador muito importante, que é o Ralf. Ele dava uma proteção enorme à zaga. Não tem esse volante mais marcador. Os volantes que estão jogando, como têm vocação mais ofensiva, sobem ao ataque. Com isso, ficamos mais expostos – disse Paulo André.

Mano sempre ressaltou a importância de um sistema defensivo confiável para evitar turbulências trazidas por resultados ruins em sequências. É bom Adilson lembrar disso!

O Corinthians não deixa de ser vazado há quatro partidas no Campeonato Brasileiro.

Paulo André - Em coletiva
- Perdemos um jogador importante, que é o Ralf. Os outros volantes, que têm vocação ofensiva, sobem e ficamos mais expostos.

Julio Cesar - No gramado
- A gente tem que saber que a fase não está tão boa assim. Temos de fechar um pouco mais. Muito ofensivo também atrapalha o time.